E eu me apaixonei.
E eu me apaixonei.
E pouco me importa se os seus olhos
não são cor-verde-d’água-do-mar
ou cor-azul-tingido-de-bom-dia-tons-de-céu,
nem se o seu cabelo cai pro lado direito
e tudo no meu mundo sempre caiu pro esquerdo
parte tão errada, tão de fases
nem se você é da mesma altura que a minha,
se seu ombro bate no meu ombro,
o que importa é que o meu rosto
ainda cabe junto ao seu peito e fica e perdura.
Pouco importa se sua boca não tem um formato doce
e pouco importa se você pouco diz,
contanto que o silêncio seja nosso.
E realmente, não importa o fato de eu
sempre ter gostado de vermelho
e você de amarelo,
de você preferir a noite
e eu me sentir mais viva de dia.
De você gostar de terror
e eu de drama chororo.
No final de tudo,
descobri que nada serviram as horas olhando a tevê
a procura de rostos que me encantassem,
pouco fez sentido todo o tempo gasto
em livretos e revistas, tentando achar um sorriso
que me causasse algum tipo de palpitação precoce,
nem os testes que me diziam a
personalidade-perfeita-do-seu-par-perfeito,
pois todas as minhas previsões,
por mais que infantis,
couberam a você; imprevisível,
quase incoerente
mas unicamente meu.
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