O medo
O medo bloqueou minha estrada,
limitou meu espaço,
limitou meu espaço,
acorrentou minha alma,
travou meu passo.
O medo cercou minha trilha,
enforcou-me num laço,
calou minhas palavras,
travou meu passo.
O medo cercou minha trilha,
enforcou-me num laço,
calou minhas palavras,
me tornou seu escravo.
O medo matou dentro de mim
uma semente chamada liberdade
aquela que brota com o vento
e semeia a felicidade.
O medo confinou meu ser
nas entranhas do destino,
num emaranhado
O medo matou dentro de mim
uma semente chamada liberdade
aquela que brota com o vento
e semeia a felicidade.
O medo confinou meu ser
nas entranhas do destino,
num emaranhado
como de um arame farpado,
arruinado e desprovido.
O medo me condenou, me batizou
com minhas lágrimas, selou minha boca,
cegou minha verdade, esfacelou meu sonho
e amordaçou minha vaidade.
O medo amputou minha força,
esquartejou minha coragem,
esfaqueou meu peito...
Tornou-me um covarde.
O medo escureceu meu brilho,
apagou minhas estrelas ,
Secou meu riacho ,
murchou minha flor...
Tornou-me seu capacho.
O medo quebrou o cristal polido,
estilhaçou em mil pedaços minha face
de vidro, não sou mais eu .
arruinado e desprovido.
O medo me condenou, me batizou
com minhas lágrimas, selou minha boca,
cegou minha verdade, esfacelou meu sonho
e amordaçou minha vaidade.
O medo amputou minha força,
esquartejou minha coragem,
esfaqueou meu peito...
Tornou-me um covarde.
O medo escureceu meu brilho,
apagou minhas estrelas ,
Secou meu riacho ,
murchou minha flor...
Tornou-me seu capacho.
O medo quebrou o cristal polido,
estilhaçou em mil pedaços minha face
de vidro, não sou mais eu .
Agora sou apenas...
cacos perdidos.
cacos perdidos.
(Leni Martins)
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