terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Perdi-te





Perdi-te

Hoje morreste-me!
Perdi-te algum lugar entre a distância 
que separa o coração da alma.
Tornaste-te inexistente em mim, 
só o frio restou...
o nada do pouco que havia.
O teu sorriso e as minhas lágrimas
diluíram-se em água ...
O teu olhar pertence a outra!
Perdi o corpo jamais tocado, 
o beijo tão desejado, o abraço reconfortante!
Morreste-me!
Mas renasceste para outro alguém...
que aos poucos me roubou o teu sorriso, 
o teu abraço, o teu beijo...
Conquistou-te, e deu-me o poder de sentir desilusão,
dor, angústia, solidão...
Perdi-te... Mas nunca te ganhei!
Perdi de conhecer o calor do teu corpo, 
sentir o teu desejo...
Perdi-te nas noites de insónias,
desapareceste entre os acordes das minhas músicas... 
Ou seriam nossas?
Nunca tentaste perceber o meu olhar, 
nunca decifraste as minhas palavras, 
nunca entendeste o meu sorriso, 
nem olhaste para dentro dos meus olhos...
Tanto amor existia em mim...
Ficou o sonho, a ilusão, o vazio entre nós.
Uma realidade nunca assumida... 
Mas conhecida!
A ausência de tudo o que não existiu, 
no nada que persistiu!
Perdeste-me!
Morri-te!...






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