A dor da solidão.
A solidão é inquilina tão antiga,
A solidão é inquilina tão antiga,
que no costume de vê-la por perto,
parece que não estou só.
O silêncio, hospedeiro de minhalma,
O silêncio, hospedeiro de minhalma,
anda querendo falar:
Testemunha oculta nas batalhas que travo aqui,
Testemunha oculta nas batalhas que travo aqui,
dentro de mim, todos os dias.
Anda querendo contar quantas vezes morro.
Anda querendo contar quantas vezes morro.
E, morro tantas vezes e renasço,
que começo a achar que sou eterna.
Começo a pensar que inferno e céu moram dentro da gente;
Começo a pensar que inferno e céu moram dentro da gente;
e que inferno não é necessariamente um lugar quente,
porque sinto minha alma tão fria!
Esses momentos de céu são tão poucos,
Esses momentos de céu são tão poucos,
que aos poucos, aprendo a viver no escuro,
tateando lembranças, alimentando minha saudade.
Ando, faz tempo, falando comigo mesma,
Ando, faz tempo, falando comigo mesma,
e quando respondo, não ouço...
No calabouço da solidão minha voz não se faz ouvir.
Sigo nas lutas que amealho, e não há atalho para a vitória.
A luta inglória parece escrever o meu destino.
Qualquer hora dessas lanço mão dessa espada,
No calabouço da solidão minha voz não se faz ouvir.
Sigo nas lutas que amealho, e não há atalho para a vitória.
A luta inglória parece escrever o meu destino.
Qualquer hora dessas lanço mão dessa espada,
e numa só cravada, abro mão da minha história.
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