“Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha,
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha,
todos os dias. Tomara que a gente não desista
de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades,
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades,
mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular
o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo,
não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos,
Tomara que apesar dos apesares todos,
a gente continue tendo valentia
suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz
– se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz,
Te quero ver feliz,
te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo,
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo,
eu faço força para manter algumas esperanças
acesas, como velas.
Que seja doce.
Repito sete vezes para dar sorte:
que seja doce, que seja doce, que seja doce
e assim por diante.
Que seja bom o que vier, pra você.”
Que seja bom o que vier, pra você.”
(Caio Fernando Abreu)
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