segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Venci

   Venci...

“Achei que aquela dor fosse durar para sempre,
de tanto que doía.
Não era dor física, daquelas que a gente 
põe a mão pra amenizar.
Era dor de amor.
Não tive a sorte de um amor tranqüilo.
Sentia o coração
sendo rasgado, em finos trapos, 
bem devagarinho.
Doendo...
Rasgando...
Ferindo...
Sangrando...
E a cabeça só lembrava: você.
O chão que me faltou aos pés era o buraco 
em que eu queria me enterrar.
Mas queria viver!
Viver pra te ensurdecer de tanto gritar
eu te amo, explodir meus pulmões de 
tanto chorar,me matar pra ver 
se te matava,
te matar pra ver se renascia.
Eu sorria quando tu sorrias, 
eu chorava quando tu choravas.
No fundo, só queria te fazer sentir aquilo 
que eu sentia, te sobreviver do meu amor.
Quantas vezes quis abrir teu peito, 
te arrancar o coração e colocar o meu no lugar.
Toma!
Experimenta me amar como eu te amo.
Toma!
Quantas vezes quis rasgar meu peito, 
te tirar lá de dentro e dizer: “
Vai!
Segue teu caminho e esquece que eu existo, 
não te preciso mais!”
Me venci.
Te matei em mim.


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